segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Casos Reais

“Tenho um rendimento mensal de 685€. Ou seja, para a taxa de esforço ser inferior a 40%, a minha renda teria que ser inferior a 274€... Mas querem que eu viva num palheiro? Ou querem que viva a 50 Km do local onde trabalho? Mas atenção, se eu recebesse 1000€ mensais então já teria acesso ao subsidio! Olha que grande treta, se eu recebesse 1000€ não precisava do subsidio! Este país é realmente uma anedota e cada vez mais lamento aqui viver.” Marco

“Sou jovem solteiro, a viver sozinho e bolseiro de investigação. Tenho tido apoio do IAJ desde Agosto de 2006 e com este novo programa perco por completo o apoio no próximo ano sem hipótese de recandidatura. A única hipótese para actuais beneficiários é candidatarem-se nesta fase (2007), tal não me é possível porque tenho renda acima da RMA, em Almada, e além disso o apoio que poderia eventualmente ter desce brutalmente. Ainda assim, seria apenas válido por um ano (até dezembro de 2007) e sem qualquer hipótese de recandidatura. Os jovens bolseiros de investigação vivem uma situação bastante precária (sem subsídios de natal, férias ou quaisquer direitos do comum trabalhador) e o IAJ era a única solução, como aliás acontecia com milhares de jovens noutras situações precárias.” João

“Sou profissional de saúde, acabei o curso ha 2 meses e como tal, o local de trabalho ficou aquem da residência fixa (pais)...e por isso... vim residir para perto do local de trabalho. Como disse, sou profissional de saúde e trabalho a recibos verdes e na realidade só tenho ordenado, quando tenho doentes e no qual ainda tenho de fazer a distribuição de percentagens de lucros para a entidade onde trabalho! assim sendo, o meu ordenado mensal, é sempre incerto podendo ter meses lucrativos como outros inferiores a 50€. na esperança de esperar pelo comprovativo de IRS, pensei que pudesse candidatar-me ao arrendamento jovem. No entanto, a minha dificuldade (...) é, que se na eventualidade de até arranjar um apartamento por 220€(impossivel !!!) mesmo assim, nao poderia ser-me atribuido o arrendamento porque, o meu ordenado é incerto e fazendo uma média não é superior a 220€mensais. A minha esperança, acabou de "falecer"...!!!!” Francisca

“Realmente os RMA’s são uma irrealidade neste país. No Algarve, onde resido, com um RMA de 220€ até T1, é para rir. Gostava que me ajudassem a encontrar um apartamento por esse valor mensal!! Pago mais que 220€ SEM CONTRATO, para variar, porque contrato é outra irrealidade. Digo-vos que menos de 300€ com condições mínimas é RARO, pelo menos na zona de Portimão. Ora como a minha família está toda em Almada, não posso ir para casa dos pais. Desta forma, só me resta contar os tostões até ao final de cada mês, pois ter apoio financeiro (Porta 65) até aos 30 anos acho que também é e será uma irrealidade.” Diana

“Eu estou a viver com a minha namorada em Famalicão e estamos em grandes apuros com este novo programa de apoio ao arrendamento. (...) Os números de informação indicados no Portal da Habitação não estão a funcionar de forma adequada a esclarecer devidamente os jovens. O número de informação do Instituto Português da Juventude apenas está habilitado a prestar esclarecimentos básicos em relação aos procedimento de candidatura (como é compreensível). No entanto, e isto é absolutamente inadmissível, o número do Instituto Português de Habitação e Reabilitação Urbana, que estaria naturalmente vocacionado a esclarecer todas as dúvidas relacionadas com o programa Porta 65, está pura e simplesmente desactivada e não existe data prevista para que esteja em funcionamento. Assim é impossível.” Pedro

“Increvi-me em Maio e ainda em Setembro liguei para a linha de atendimento e me disseram que teria de esperar mais uns dias para receber a carta em casa!!!! (ao dia de hoje ainda nem sequer a tenho). Apenas depois de uma reclamação por e-mail, visto os 90 dias uteis terem expirado, é que me foi enviada resposta a dia 18/09 com o seguinte: as candidaturas que não obtiveram aprovação até à data de entrada em vigor do mesmo, já não serão abrangidas pelo IAJ, tendo que transitar para o novo programa Porta 65 Jovem. Até lá terá de aguardar a recepção de um ofício em sua casa a dar-lhe conta do destino do seu processo.
Depois de ler isto fiquei revoltada já que como todos aqui estava a contar com este apoio (vivia sozinha).
Telefonei para a técnica que me enviou o mail a requerer explicações. Pouco me soube dizer a senhora. Fiquei apenas com a ideia que não ia ver apoio nenhum... A minha renda era de 400 euros (T1 Grande Lisboa) - devia estar a adivinhar.
Já mudei de casa. Pago menos mas não tenho contracto nem recibos.
É na margem sul e é um T1 normal. Nada de luxos. Mas não são 220 euros. Quem me dera...” Sofia

"Vivo em Coimbra. Sou beneficiária do antigo subsídio (IAJ), recebendo o valor máximo previsto para esta ajuda (249.90). A Porta 65 obriga-me a que eu concorra ao novo subsídio até 20 Dezembro. Se não o fizer, nunca mais poderei concorrer. Porém, para Coimbra a Porta 65 impõe que a renda máxima para um T1 seja de 220 euros. Como se pode imaginar se eu actualmente recebo 249.90 de subsídio, a minha renda é superior a este valor. Na verdade, a minha renda é de 350 euros/mês. Assim sendo, estou impossibilitada de concorrer à partida ao novo subsídio... E não concorrendo agora, nunca mais posso concorrer! Fica a pergunta... Se eu até este mês recebia o valor máximo do subsídio, estando por isso no grupo dos mais necessitados, como é possível que eu amanhã não tenha, de forma alguma, direito a nada?" Susana

"Sou independente e moro sozinha num T2 com o valor de 400 euros no Algarve desde 2005, porque na altura foi a única casa que encontrei disponível, se não fosse o apoio do IAJ nunca teria feito tal coisa porque recebo apenas 570 euros de salário, mas com a ajuda valia a pena arrisquei. Só para receber uma certidão da Junta de Freguesia de Loulé demorou 4 meses, depois o processo 3 meses, ia agora este mês renovar o processo quando vi as noticias sobre o cancelamento na televisão, ainda tinha direito a 3 anos mais, recebi uma carta do IAJ há uma semana atraz datada do 08/11/07 a avisar a alteração, (quer dizer um mês depois). Portanto fiz um sacrifício de manter o apartamento os 7 meses sozinha, reduzi a minha conta poupança a zeros para agora ter que ser obrigada a arranjar alguém para dividir as despesas comigo ou vou ter de me mudar e até lá não tenho apoio nenhum. Mesmo que o contracto fosse alterado para 360 Euros a taxa de esforço excluía-me novamente.
E ainda mais a linha do PORTAL 65 ninguém atende, desisti de telefonar, enviei emails para o Governo, IHRU, Porta 65 sem nenhuma reposta. Isto foi uma maneira calculista do Governo de acabar de vez com o apoio aos jovens, o Portal 65 é apenas uma ilusão para enganar os média (por pouco tempo espero), só quem está dentro do assunto é que sabe o quanto ridículo e quase impossível de aceder isto é !" Vânia

"Sou a Susana, trabalhadora estudante, arrendatária de uma casa na ribeira do Porto, e beneficiária do antigo iaj. Ganho com o meu salário de bailarina 650 euros, note-se a recibo verde, dos quais 152 euros vão para a segurança social ou deveriam... mais os impostos. Pago propinas como estudante de gestão do património 1000 euros anuais. A renda de minha casa é de 325 euros. Um preço bastante baixo para a actual situação imobiliária no Porto, não? Pois foi uma sorte encontra-la.
Hum não quero ensinar ninguém a fazer contas...mas é fácil de constatar que se não fosse o antigo programa do iaj estaria em maus lençois ou não sei onde, e não quero saber (sim é verdade, não tenho o apoio dos meus pais, tal como muitos dos jovens portugueses uns porque não os têem, outros e muito bem, pelo direito à sua independência).
Com o actual Porta65 não terei direito a ajuda (se assim podemos chamar), mas notem: quem ganhar mais do que eu vai ter direito ao novo subsidio! Curiosa injustiça.
Ora vivemos num pais de estado social, e é o meu orgulho! Ou era. O pior é fingir que esse nosso estado é solidário, ou pior ainda, esse mesmo estado apelar que é solidário quando na realidade...não cuida dos que mais precisam. Ai! E ainda pior, entala-os mais.
Fazendo um exercício de imaginação “se eu mandasse” os jovens sairiam em massa do pais e só voltariam quando a verdade e a justiça estivesse reposta. Imaginem...Alguém teria que recuar." Susana

21 comentários:

Anônimo disse...
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B disse...

Acho que de uma vez por todas se deveria deixar a politiquice de fachada e assumir a verdade. Se não há subsídios, não se finge que os há, tornando as coisas difíceis se não impraticáveis de todo para quem delas necessita.
Ora, o argumento governamental da utilização do antigo IAJ por parte dos senhorios para inflacionarem as rendas é perfeitamente ridículo, porque uma vez declarado esse rendimento nas Finanças como é obrigatório, o Estado tributaria o senhorio. Agora, a verdade é que por exemplo em Faro, onde vivo, a maioria dos senhorios não faz contrato de arrendamento porque não está interessado em declarar essa mais valia às Finanças.
À partida, o argumento do Governo é derrotado por uma situação que já decorre há anos, sem que para evitar tal algo tenha sido feito.
Ainda melhor é o facto das RMA's serem calculadas em conjunto com milhares de rendas congeladas para efeitos de média. Reabilitação das cidades?!? Por amor de Deus, mas estes gajos têm alguma sala onde fumam ganzas e vêm cá para fora debitar tripes bacocas sob a forma de leis?!? Mas depois há dinheiro na forma de 190 saborosos milhões de euros para estudos. Estudos de quê, pergunto eu? De coisas? De coisas ligadas a certos e determinados acontecimentos, tipo, ah sei lá?!? Se eu já ouvi hoje sete pessoas a dizerem que se fôr assim, falam com o senhorio e pedem para declarar apenas no recibo o possível para corresponder à RMA de modo a poder receber o subsídio. De que modo é que este género de acção, de certo modo propalada pelo Governo, vai contribuir para a pseudo justiça social? De modo nenhum. E ainda mais giro vai ser quando a ganza acabar e eles enfiarem os cornos nos livros e descobrirem que há por aí cidadãos que andam a declarar recebimentos de rendas de 200 euros por uma casa que foi comprada por 200.000 euros e que no mínimo eles próprios alugariam por 1000! Aí é que vai chover trampa rala na cabeça de todos nós e por muito tempo. Que raio de controle de custo de habitação é este? Que palhaçada. Enquanto isso eles andam ali a engonhar com estudos sobre o futuro Aeroporto, que ali é que era porque o meu primo até tem uns terrenos que estão em nome do sobrinho que está na Suiça e o dinheiro fazia jeito, já agora paga sempre o mesmo...
Ou mandar filhas para Londres como adidas culurais da Embaixada, porque a mocinha até percebe de cultura, cultiva o grelo!

De uma vez por todas, este governo devia ser inundado de petições e deviam haver mais greves e toda a gente devia parar e provar como um Estado que por si não gera riqueza depende apenas dos cidadãos.

Unknown disse...

Obrigado Sr. Sócrates. Obrigado por graças a si ter ficado sem emprego (após um ano de estágio PEPAP vim para a rua e estou desde Maio à espera que me digam se vão ou não contratar alguém (é a posição que o Ministério das Finnaças assumiu). Por outro lado, obrigado Sr. Sócrates (não Primeiro Ministro, porque uma pessoa que ocupa esse cargo preocupa-se em dar qualidade de vida aos seus cidadãos e não em retirá-la)por ter acabado com todo e qualquer tipo de apoio ao arrendamento jovem! Sim, todo e qualquer tipo de apoio pois é completamente impossivel arrendar uma casa preenchendo os requisitos dessa anormalidade a que chamaram Porta 65). Mais Sr. Sócrates, enviaram-me uma carta datada de dia 7 que me chegou a cada dia 14 de Dezembro a dizer que tinha de dia 3 a 20 para me candidatar à anormalidade supra mencionada. Portanto Sr. Socrates vá pro caralho que o foda!!!

Ass. O Masokista

Anônimo disse...

BANDO DE CHUPISTAS!!!NÃO CORTAM NOS SEUS FANTASTICOS SALÁRIOS E O ORÇAMENTO DESTINADO A AJUDAS DE CUSTO DAS SUAS EXC. É CADA VEZ MAIS ALTO!!! ANDAM MONTADOS EM BELOS CARROS PORQUE COITADINHOS N RECEBEM BEM P PAGAR A PORCARIA DE UM CARRO, A GASOLINA E O MOTORISTA!!!ESQUECEM-SE QUE SOMOS NÓS QUE LHE PAGAMOS AS PUTAS DAS REGALIAS E SÃO ELES OS REPRESENTANTES DO POVO!!!GOSTAVA DE SABER SE OS FILHINHOS PAGAM RENDA DE CASA DE 350E E RECEBEM 550 EUROS MENSAIS!!!TENDO EM CONTA ESTES NOVOS VALORES, O APOIO DEVE ESTAR DIRECCIONADO AOS FAMILIARES...
TENHO ATE AO FINAL DE FEVEREIRO P MUDAR DE BARRACO E N SEI MUITO BEM P AONDE...N ESTOU EM LISBOA NEM PORTO, ESTOU NA GUARDA, MAS N SE PENSE QUE OS VALORES SÃO BAIXOS... UM T1 POR 180E E UM T2 POR 300 EUROS??!!SÓ SE FOR POR ENCOMENDA!!!E MESMO QUE MUDASSE DE RESIDENCIA N PODIA CANDIDATAR-ME!!!TENHO QUE EFECTUAR UMA CANDIDATURA NA RESIDENCIA QUE ME ENCONTRO ACTUALMENTE!!! SIM!!! ESSA PORCARIA É INFORMADA APÓS UMA LONGA H DE ESPERA AO TELEFONE!!!COMO A CASA ONDE ME ENCONTRO N POSSUI OS FANTASTICOS REQUISITOS,ESTOU AUTOMATICAMENTE EXCLUIDA!!! FAZEM ESTA MERDA DE PROPOSITO!!! MANDAM A PORCARIA DA CARTA COM UMA SEMANA DE ANTECEDENCIA DO FINAL DA DATA DE CANDIDATURA E N NOS DÁ UMA SÓ OPORTUNIDADE!! É AGORA OU NUNCA!!!
VÃO-ME OBRIGAR A MAIS UMA VEZ CONTRIBUIR PARA OS LUCROS DOS SENHORIOS QUE ALUGAM QUARTOS E N PASSAM RECIBOS!AÍ NÃO ANDAM AS FINANÇAS A VER O QUE SE PASSA E DE CERTEZA QUE SABEM LER NAS JANELAS DOS APARTAMENTOS:"ALUGAM-SE QUARTOS A MENINAS"!!!JÁ ESTOU CONFORMADA QUE PASSEI DE "CAVALO POBRE" PARA "BURRO PEDINTE"!!!BORA LÁ PARA UM QUARTO DE APARTAMENTO COMUNITÁRIO, SEM RECIBO MAS QUE PELO MENOS À PARTIDA SEI QUE NO FINAL DO MES POSSO PAGAR ESSE VALOR, ÁGUA, LUZ, GAS E COMIDA!

PS. SALAZAR VOLTA...PELO MENOS O SR. NÃO EXTORQUIU O ESTADO...

Anônimo disse...

Benefício do antigo regime de IAJ, vivo sozinho num t3 (na Graça em Lisboa, em q a casa podia ser um t1), tenho uma renda de 410€ e um incentivo de 200€, tendo como media de ordenado mensal 500/600€ (tal como muitos jovens com um ordenado tipicamente português). No dia 14, 6ªfeira, recebi uma carta com a noticia q o IAJ ia mudar e q teria de inscrever-me no novo programa Porta 65 na 1ª fase de candidatura entre 3 e 20 de Dezembro. 3 e 20 de Dezembro? Mas eu recebi a carta a 14?!

Dirigi-me as instalações do IHRU hoje, dia 16, 2ªfeira para descobrir q não era o único. Havia várias pessoas na mesma situação q eu e q procuravam esclarecimentos, já q metade do prazo já tinha passado. Como querem q em 5 dias as pessoas consigam regularizar a situação se em certos departamentos estatais, esse é o tempo q alguém leva a carimbar um papel. Para além disso, há quem seja da pandilha do Socrátes e há quem trabalhe. Mas as surpresas ainda não tinham acabado.

Questionei a funcionária no local (fui atendido em pé, tipo “tá despachar”, tal como outras pessoas e num clima de confusão, insatisfação, ignorância e desepero já q vi pessoas a chorarem, provavelmente com a notícia q vão para a rua) e fiquei a saber q não preencho alguns requisitos para a candidatura. Um dos requisitos é algo q chamam de “taxa de esforço” (O total dos rendimentos brutos auferidos pelo jovem e por todos os membros do agregado jovem tem de ser compatível com uma taxa de esforço máxima de 40%O total dos rendimentos brutos auferidos pelo jovem e por todos os membros do agregado jovem tem de ser compatível com uma taxa de esforço máxima de 40% (perceberam a 1ª? Também eu!)), ou seja, valor da renda a dividir pela média do ordenado mensal, com uma renda de 410€ teria de ter um ordenado acima dos 1000€ para poder usufruir do incentivo. Se eu tivesse um ordenado de 1000€ não estava a pedir um incentivo!

A própria funcionária no local deu-me um conselho: livro de reclamações. Uoh! Sou recepcionista e nunca aconselhei ninguém a pedir o livro de reclamações. Nesse momento percebi q a funcionária até era uma pessoa inteligente já q até ela via q estávamos todos a ser aldrabados (será q ela estava na mesma posição?). Reclamei mas com um nó no estomago já q sei q vai para um saco roto.

Nem sequer vou falar dos outros requisitos pq acho q já deu para perceber q o objectivo deste novo programa é criar um sistema ainda mais burocrático, moroso e discriminador de modo a q as pessoas, não possam ter subsidio de maneira nenhuma ou as q possam ter se sintam desencorajadas pelo processo. Acho q estão a conseguir e por isso parabéns porque assim os 12 milhões de euros (só para as 1ª candidaturas!) poderão ser “encaixados” noutras coisas mais importantes tipo um túnel, uma ponte, uma OTA, ou pura e simplesmente o bolso do Socrátes e amigos. Não estou contra um novo programa de apoio, mas um q realmente apoie em vez de discriminar/complicar.

No regime antigo 25 mil pessoas beneficiavam do IAJ, veremos quantas ficarão a beneficiar. Se queriam chegar a mais jovens q experimentassem fiscalizar e regulamentar as situações existentes já q ai encontrariam muitas situações ilegais (em minha casa até poderia ter sub-alugado uma das “dispensas” para 1 ou 15 ucranianos, já q nunca apareceu a fiscalização q disseram q poderia aparecer).

Acho ridículo q se venho falar em incentivos e apoios quando estes não o são. Acho ridículo q o Estado queira q o cidadão tenho um papel mais activo na sociedade quando o Estado não tem um papel activo sobre o cidadão. Rehabitar a cidade? Aumento da natalidade? Para quem é q eles estão a falar? Para mim não é de certeza. Espero q percebam q isto só vem tornar certas situações ainda mais insustentáveís e q assim o desemprego, a criminalidade relacionada a pobreza, as diferenças a os atrasos sociais só irão aumentar criando ciclos viciosos.

Espero q o Governo sofra as consequências das atitudes q tem vindo a tomar e espero q os portugueses não andem a dormir pq senão quando derem pelo ela, “ele” já vos pôs a almofada na cara (eu já “o” sinto a entrar no quarto).

Já cá faltava um 25 de Abril.

Anônimo disse...

Olá a t@dos

Creio que o meu testemunho servirá apenas para solidificar a ideia de que este Porta65 é um programa que se destina, unica e exclusivamente, a reduzir o número de beneficiários de subsídios/apoios estatais ao arrendamento, como de resto o vosso blog bem clarifica.

Os termos e a filosofia implícita são evidentes, mas não deixa de ser surrealista o processo de submissão on-line de candidaturas: "gravar candidatura" significa "começar de novo", por exemplo, e as definições para upload de ficheiros também (ok, percebe-se o limite de MB, mas é de algum modo inexplicável que documentos já em PDF tenham de ser "em formato A4 a preto e branco").

O pior, contudo, está quando chegamos ao fim do formulário, quando nos pedem que assinalemos uma checklist de "compromissos de honra", entre os quais

"... que esta residência é o meu domicílio fiscal, ou que, não sendo esta residência o meu domicílio fiscal, já solicitei à DGCI a actualização do domicílio fiscal para esta residência."

Ok, assinalo (já tinha passado pelo site da DGCI a fazê-lo) mas eis que, para meu espanto, surge o seguinte aviso:

"A sua candidatura NÃO foi submetida.
A morada da habitação associada à candidatura é diferente da morada fiscal de um candidato. O candidato deverá proceder à sua actualização através da opção de Alteração de Morada no portal das Declarações Electrónicas em http://www.e-financas.gov.pt."

Traduzindo: eu já solicitei à DGCI a alteração da morada, mas este pedido só fica registado depois de eu introduzir o código de confirmação que me será enviado por carta (!!), o que significa que, para o Porta65, o meu compromisso de honra não vale nada quando não pode ser verificado no imediato ( via cruzamento de dados (legal?) entre o INH e as Finanças)

Eu já tinha achado estranho login com os mesmos dados que uso para aceder ao meu cadastro fiscal, mas enfim...

Karina

Unknown disse...

Bem a minha dúvida neste programa prende-se com o cálculo do rendimento mensal bruto. Este ano auferi rendimentos da categoria B (Janeiro ate Março) e agora estou com um contracto numa empresa a partir de Outubro (categoria A). Neste momento, os meus rendimentos são de 1000 euros, o permite ter acesso ao subsídio de arrendamento jovem da porta 65.
Mas, (Há sempre um mas), o cálculo que "eles" fazem é a soma dos rendimentos brutos a dividir por 11 meses, o que me exclui. Peço a alguém, se tiver na mesma situação do que eu, para me ajudar, ou então se estiver enganado, ajudem-me a perceber como é de me candidatar.
Porém, se eu pudesse por os rendimentos A + B deste ano que são divididos por 11, assim como os rendimentos da categoria B do ano passado que são divididos por 12 e que são somados aos rendimentos deste ano, teria direito ao subsídio. A minha pequena falha/dúvida é a parte da colocação dos rendimentos da categoria B deste ano.

Obrigado

Anônimo disse...

Arrendo um T1 em Coimbra por 300E (um verdadeiro "achado", no centro da cidade) e tenho um vencimento liquido inferior a 750E por mês.
Candidatei-me ao IAJ há 4m porque me disseram na linha de atendimento que as candidaturas seriam analisadas à luz da lei em vigor e que ainda receberia o apoio por um ano.
Quando deveria receber a resposta, recebi uma carta para me candidatar ao novo programa, com o prazo já a decorrer.
Ora, enquanto no antigo programa seria enquadrada no 1º escalão, com este nem me posso candidatar!
Isto porque o valor da renda é superior ao mínimo admitido em Coimbra (aliás, refira-se que nesta cidade não se arrendam quartos por menos de 150E).

Anônimo disse...

Arrendo um T1 em Coimbra por 300E (um verdadeiro "achado", no centro da cidade) e tenho um vencimento liquido inferior a 750E por mês.
Candidatei-me ao IAJ há 4m porque me disseram na linha de atendimento que as candidaturas seriam analisadas à luz da lei em vigor e que ainda receberia o apoio por um ano.
Quando deveria receber a resposta, recebi uma carta para me candidatar ao novo programa, com o prazo já a decorrer.
Ora, enquanto no antigo programa seria enquadrada no 1º escalão, com este nem me posso candidatar!
Isto porque o valor da renda é superior ao mínimo admitido em Coimbra (aliás, refira-se que nesta cidade não se arrendam quartos por menos de 150E).

Anônimo disse...

Boa noite... Pelo que vejo acho que vai ser muita pouca gente a candidatar se, não ha condiçoes, na minha situação é mais porque a renda no algarve de T1 nao pode ser superior a 220€, mas sinceramente nao existe casas a esse preço, só se for no mato...O governo vai ter que fazer uma revisão, agora neste momento tou desempregada, no algarve é assim na maior parte dos empregos, isto, turismo..SE não fossem os meus pais, mas não quero depender deles, um dos motivos que sai de casa foi para ter as minhas coisas, a minha independencia..Mas enfim vamos la ver o que vai dar esta porta65, que acho uma bela xaxada, mudaram demais as coisas...
Abraços

Anônimo disse...

Não sei bem como vi ser a minha vida depois do fim do ano. Ganho 415€ limpos por mês e a minha renda é de 315€, até agora consegui cumprir com as minhas obrigações. Não sei como vai ser de agora em diante. Como é que alguém estipula uma renda máxima de 220 na cidade do Porto? Resido numa das zonas mais económicas da cidade (Bonfim) e mesmo assim por um t1 com 30 anos pago 315€, Como é possível esta lei? Pelo anterior regime ainda dispunha de 4 anos para organizar a minha vida e agora fico sem saber o que fazer...
Este governo, além de não dar soluções aos jovens licenciados agora quer colocar-nos num gueto, bairro de lata ou algo assim...
Como é possível??

Anônimo disse...

boa noite a todos
tive aqui a pensar... e será que um novo contrato "ás pressas" daria para encaixar?

joao ferreira disse...

boa noite,
isto da porta 65 deixa muito a desejar.vivo em vila nova de gaia e tenho uma renda de 350€,isto significa que tenho de ir viver por debaixo da ponte da arrabida, uma vez que nao enquadro na taxa prevista por lei. deviam era cortar os ordenados dos politicos, esses sim ganham muito para nao fazer nada.este pais ta um caos, so me apeteçe pegar fogo ao estado e mandar estes politicos pelo ar.

Anônimo disse...

Bad Gateway
Eu tentei candidatar-me:
Quase todos os dias:

The proxy server received an invalid response from an upstream server.

Additionally, a 502 Bad Gateway error was encountered while trying to use an ErrorDocument to handle the request.
Apache/2.0.59 (Unix) Server at www.acesso.gov.pt Port 80

Cledonio disse...

O Exmo Presidente Cavaco Silva no discurso de ano novo veio dizer que "a taxa de natalidade de Portugal é muito reduzida comparativamente com as dos países da UE"...

Quer mesmo que lhe responda Exmo. Pres.? Este país pisa os jovens com cursos superiores inúteis, com empregos licenciados mal pagos, e agora ainda nos retiram um grande suporte que tínhamos para nos fazermos á vida?


ONDE ESTÁ O SOCIALISMO DESTE NOVO REGIME??

Anônimo disse...

Como é possível tratarem os jovens desta maneira?!
Estamos a falsos recibos verdes, ou temos contratos precários, ou temos uma licenciatura que nos serve para ir dobrar camisolas numa loja(...)
Eu sou de Vila Real, tenho uma licenciatura e conto os trocos todos os meses. A substituição do IAJ pelo Porta65 veio dificultar-me substancialmente a grande ginástica que tenho de fazer ao meu pequeno rendimento!
Na prática: tenho um T2 alugado, que me custa 375 euros/mês.O preço limite da renda para esta zona é de 300 euros/mês, logo por aí, não tenho hípótese de me candidatar ao programa. Este limite imposto é um vergonha! Acho que "eles" não descriminam se o apartamento está num centro urbano ou numa vila, mas o que é certo, aqui em Vila Real, os T2 a 300 e/mês, ou estão a cair de podres, ou tem algum problema mais ou menos grave.
O Governo diz que os senhorios se estavam a aproveitar do facto de os jovens terem direito a um subsídio e então "puxavam" pelas rendas. Mas sabem o que vai acontecer? As rendas pedidas vão continuar a ser as mesmas, porque há muita procura, pois arrendar ainda fica menos dispendioso que comprar habitação.
O "joguinho" que vai ser feito entre o proprietário e o jovem vai ser: "OK! PAGA-SE A MENSALIDADE DE ACORDO COM O LIMITE ESTIPULADO, E O RESTO PEDIDO VAI POR FORA DO RECIBO". O governo está tão preocupado, que só vai ter senhorios a receber dinheiro não declarado!!
Acho que vou emigrar. Aqui já nos cortaram por todos os lados!

Anônimo disse...

Vou-vos contar uma história, que mostra como este país anda e como estamos a ser roubados,por esses grandes malandros que estão no Governo. Governar!? Só se for a eles própios...
Então é assim:

> ISTO ESTÁ MAU, MAS NÃO PARA TODOS!!!
>
>
>
>
> Era uma vez um senhor chamado Vasconcelos...* A história podia começar
> assim,
> como qualquer história de encantar crianças, se é que às crianças de hoje
> ainda se contam histórias de encantamento e final feliz.
> Mas era uma vez um senhor chamado Jorge Vasconcelos, que era presidente de
>
> Uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços
> Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que
> conhecem,
> Poucos devem saber para o que serve. Mas o que sabemos é que o senhor
> Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria
> que
> os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
>
> Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco,
> não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos,
> subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos
> não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou
>
> seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo
> emprego.
>
> Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas
> você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo:
> «Pois
> disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você
> volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais
> 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o
> trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
>
> Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como
> já
> respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração
>
> da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28
> dos
> Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos
> ao
> estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».
> Ou
> seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus
> gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
>
> Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE
> desde
> a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de
> terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais
> vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um
> ordenado
> milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção
> avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
>
> Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de
> uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados
> baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um
>
> desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.
>
> Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros
> mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18
> mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por
> dia,
> sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
>
> Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE?
> A
> missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para
> o
> sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer
> cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».
>
> Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a
> ERSE
> intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes
> envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de
> serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar
> somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão
> dos
> aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada
> ERSE?
> Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino,
> aguentará tão pesada canga?
> E tão descarado gozo?
> Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras ,só falta mesmo
> um
> Carrasco capaz de os enforcar.
> Já agora façam lá o favorzinho de reenviar para a V/ lista de amigos
> ,pelo menos sempre se fica a saber de coisas importantes que retiram toda
> a credebilidade a esta cambada de MALANDROS deste País que de País só
> começa a figurar o nome .

Anônimo disse...

Sou Mãe Solteira, de 25 Anos, e tive a sorte de encontrar, em Lisboa, junto ao meu local de trabalho um apartamento T2 cuja renda é-me relativamente acessível visto que apenas aufiro 700 Euros Mensais.

No entanto, deparei com esta anedótica porta 65 que para mim se encontra fechada... pois não ganho 900 Euros, e nem posso mandar uma parede abaixo e trangormar o T2 em T1 e dormir com o meu filho de 5 anos até aos 18 !!!

Isto é uma Vergonha !

Só gostava de saber o que acontece aos 19 Milhões de Euros que não forem aplicados...

Será como os fundos Europeus para o Desenvolvimento ?!

Ajudem os necessitados... não os Ricos !!!

Anônimo disse...

Porta65 ENCERRADA!P mim,nunca se vai abrir...Em 2007 arrendei um T1 por 300e no centro de Coimbra (uma pechincha, numa cidade onde 1 quarto nunca é menos de 150e).Candidatei-me ao IAJ, mas quando deveria chegar a resposta enquadrando-me no 1º escalão, chega uma carta a informar-me que as regras tinham mudado entretanto.Em Dezembro não me pude candidatar por causa da anedótica RMA.Agora também não posso porque o IRS que vale é o de 2007 e nesse ano fiz estágio do IEFP por 9m,q não faz descontos p IRS.Muito embora receba,desde Fev2006,750e/mês(trabalhador por conta de outrem a recibo verde, uma nova categoria a ser considerada nas finanças).E para o ano faço 30!Bem,vou procurar uma janela! Filipa

Anônimo disse...

Tenho 25 anos e licenciei-me em Julho de 2007. A 16 de Agosto comecei a trabalhar em Lisboa, cidade, como todos sabem, onde tudo é muito caro especialmente as rendas de habitação. Quando tomei conhecimento da porta 65 era impossível concorrer por causa dos ridículos valores máximos admitidos de renda. Quando estes foram alterados decidi candidatar-me na segunda fase. Tal não é a minha supresa quando percebo que a minha candidatura não é aceite porque a minha declaração de rendimentos não é referente a 1 ano. Liguei para obter explicações e foi-me dito que a legislação não prevê estas situações, de jovens no primeiro emprego a trabalhar à menos de 1 ano. Disseram-me que não há maneira de solucionar pq como as candidaturas só são feitas pela net o sistema não aceita estes casos. E finalizaram "Olhe espere para o ano!" Sim senhor! Que bela motivação e apoio dão aos jovens licenciados! Nem sequer somos contabilizados! Nestes casos não deveriam fazer as contas pelos nossos ordenados e contratos de trabalho?! É revoltante!

Sara disse...

Às vezes, você tem que ter tempo para relaxar e escrever Espero que em algum momento eu também acho que posso fazer isso eu vou levar algum tempo para fazer nas minhas férias se eu conseguir um alugar um apartamento