quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Juntem-se a nós!

Já provámos que podemos realmente fazer a diferença! juntem-se a nós e fiquem a par de todas as acções do movimento porta 65 fechada.


Junta-te à Porta 65 Fechada

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35 comentários:

Anônimo disse...

Gente de estudo e trabalho... Acabo de escutar o noticiário da RTP 2 e começo por, literalmente, gritar-vos a minha solidariedade.
Já não sou estudante, nem estou à procura do primeiro emprego. Na verdade, ultrapassei a barreira dos 40, mas compreendo a vossa frustração, que espero se torne numa luta organizada, porque afinal «eu ainda sou do tempo» em que a união fazia a força e a persistência permitia averbar vitórias. Não tenho aqui espaço, porque não é este o local, para vos contar de como vim estudar e trabalhar para Lisboa, de como consegui um quarto que custava 30 mil escudos, quando a minha remuneração se ficava pelos 32.500 escudos, nem como seis meses depois consegui arrendar uma casa de 50 mil escudos, que durante 4 anos dividi com dois estudantes alemães e um africano, cujo custo com água, luz e gás rondava os 17 mil escudos. Este episódio dos anos 80, podia e devia ser passado, mas infelizmente, hoje todos vós experimentais as agruras deste País, cujos políticos não souberam e não quiseram que tomasse outro rumo. O problema, porém, está na política de arrendamento, onde os governos não intervêm. Assim, não são os subsídios que estão em causa. Aquilo porque todos devemos lutar é pela intervenção do governo no mercado imobiliário, seja ele para venda ou arrendamento. Aquilo que está a desequilibrar a balança é a especulação. Aquilo que é preciso, é disciplinar o sector. Aquilo que é preciso regulamentar é o preço dos arrendamentos. Um quarto por 30 mil escudos, como o que pagava na década de 80, não vos parece uma imoralidade? E, o que pensam de 50 mil escudos num T3, seis meses depois?
Usem a razão que vos assiste.

Isabel Cristina

Anônimo disse...

um dos mais gritantes flagelos deste país é o facto de que (quase) toda a gente quer ter um nível de vida que não pode comportar! Não posso viver num apartamento e como tal vivo num quarto! Tal como não compro roupas "de marca" (que servem para quê, mesmo?!), carro racing (conduzo um Fiat Uno de 1993!), férias na Islândia (ando de mochila velha às costas ou faço road trips com tenda na mala!). Este dinheiro do subsídio ao arrendamento, quanto a mim, deve ser gasto em aumentos das pensões miseráveis que os nossos idosos recebem! Têm assim tantos problemas com injustiças sociais? Já se imaginaram, a chegar ao fim da vida, depois de dar o coiro e cabelo, e ter 150 euros por mês para viver? Berrem por esses primeiro!

Anônimo disse...

Há anos que não posso viver num apartamento sozinho porque não ganho o suficiente. Como tal, moro num quarto, como tanta gente por esse país fora. Era bom ter um espaço só para mim? SIM! Faz sentido um país miserável com o nosso estar a financiar arrendamento a jovens? NÃO!
Já viram onde estamos nos índices da OCDE? Se não fossem superpotências económicas como o México e a Turquia, na maior parte das listas seríamos os últimos!
Há outras prioridades como pensões para idosos. Se bem lembro esta foi outra das políticas ridículas que herdamos do sui generis Guterres e pelas quais vamos continuar a pagar!

Anônimo disse...

Parabens a todos os que participaram nos protestos de ontem. Quando vi a notícia em vários canais houve uma pontinha de esperança que se reacendeu, pois estão realmente a prestar atenção! Também eu me sinto frustrado pois sou licenciado e não tenho emprego. Consigo trabalhos a contratos curtos que me rendem pouco mais que o salário mínimo.
Tenho uma renda para pagar obviamente mais alta que a máxima admitida e cuja taxa de esforço também não consigo suportar. Sinto-me enganado como todos vcs e acredito que esta luta não será em vão.
Vamos fazer-nos ouvir!

Anônimo disse...

Noticia sobre o protesto em Coimbra

http://www.asbeiras.pt/?area=coimbra&numero=53596&ed=21122007


Hugo Dias

Anônimo disse...

os meus vizinhos, que usufruem do apoio ao arrendamento jovem, trocaram há dias a carrinha Mercedes de gama alta por um jipe Mitsubishi turbo XPTO...! Se isto em certa medida se aplica a alguns dos leitores, tenham vergonha; se realmente não podem viver num apartamento sozinhos, get real, façam como eu - partilhem a casa com outras pessoas até virem melhores dias. Os que estão completamente fartos destas e de outras coisas, porque não emigram? A Europa hoje em dia não tem fronteiras. Têm é que estar dispostos a trabalhar e de ser mesmo bons no que fazem.

Anônimo disse...

Depois admiram-se que os jovens andem no gamanço.Filhos da puta!

Anônimo disse...

Meus caros: tem-se falado aqui de coisas que não tem muito a ver com o propósito deste espaço. Não tendo aqui um papel moderador apenas quero pedir a quem veio aqui contestar para se informar melhor do que o documento legislativo preconiza. Nomeadamente ao enquadramento no plano imobiliário nacional que é feito de forma completamente irrealista.
Infelizmente todos temos conhecimento de pessoas que fazem aproveitamento indevido de subsídios estatais, porque não denunciámos? Porque não sabemos como fazê-lo, de que maneira, não queremos chatices, o estado não tem estruturas que em tempo útil possam resolver o problema.
Por um estado capaz de ajudar quem precisa e quando precisa!

Saudações

Anônimo disse...

vamos para a rua e desta vez vamos em força vamos nos juntar contra esses hipocritas q aplicando valores maximos de rendas irreais nos querem tirar um subsidio q visa porteger uma lei constituicional isso para além de ser inconstituicional e uma farsa mentira e hipocrisia temos pessoas doentes a governar o nosso pais só uma pessoa desiquilibrada chegava a estes valores, vamos para a rua e agora n é a brincar marquemos uma nova contestação...

Anônimo disse...

aquilo que parece óbvio é que o governo VAI acabar com este subsídio a breve prazo. Aliás está a fazê-lo agora de maneira ridiculamente camuflada (era bem melhor fazê-lo de facto). E sabem que mais? Subscrevo o ponto de vista dos "anónimos" que dizem que este subsídio, num país como o nosso, não tem pés nem cabeça. Já agora, licenciados que se sentem frustrados, fiz um doutoramento numa das melhores universidades do planeta, cometi o erro de voltar e por não poder pagar um apartamento, alugo um quarto. Garanto que não é em prol do convívio forçado com absolutos desconhecidos. Acorda Portugal...

free browny disse...

ola ola

tenho uma duvida,
no formulario na parte 'comum' na loacalização especial onde escolhemos:
art: 5º a)
art: 5º b)
??????????
qual escolhemos??

fui as finançasp pedir ajuda onde não me conseguiram dar uma resposta!! onde me informaram deste blog, IMAGINEM!!!
peço ajuda, mesmo sem saber se vou ser receptiva neste formulario!!

brigada
filipa

Movimento Porta 65 Fechada disse...

Deves escolher uma das seguintes situações se for o caso. Tens de ter um documento da câmara que comprove a situação.

5.º A percentagem de subvenção mensal aplicável a cada
caso referido no n.º 2.º da presente portaria é acrescida de
10 % quando a habitação arrendada se localize numa das
seguintes áreas territoriais:
a) Áreas urbanas classificadas como históricas ou antigas
nos termos legais ou regulamentares;
b) Áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística,
assim declaradas nos termos do artigo 41.º da Lei
dos Solos, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 794/76, de 5 de
Novembro, na redacção em vigor, ou áreas de reabilitação
urbana que venham a ser delimitadas pelos municípios
nos termos legais;
c) Áreas beneficiárias de medidas de incentivo à recuperação
acelerada de problemas de interioridade, definidas
na Lei n.º 171/99, de 18 de Setembro, com as alterações
que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 30 -C/2000, de 29
de Dezembro, e identificadas na Portaria n.º 1467 -A/2001,
de 31 de Dezembro, ou na que lhe suceda.

Movimento Porta 65 Fechada disse...

A todos os que têm posto em causa o incentivo devo remetê-los para a constituição da republica portuguesa que consagra o direito a uma habitação condigna, à privacidade e o acesso privilegiado para os jovens. trata-se de um incentivo e não de um subsídio.
Algumas rendas estão sem duvida desadequadas e inflacionadas, assim como outras estão muito baixas, mas não existem políticas de alteração que já tenham efietos reais. Enquanto isso não acontecer não se pode atropelando a constituição. Aliás esta terá sido uma das razões pelas quais o incentivo não foi retirado.

Anônimo disse...

O problema da nossa Constituição é dar como garantida muita coisa sem definir como lá se chega. Como o dinheiro não nasce nas árvores nem os senhorios são instituições de beneficiência agora temos um país onde os que efectivamente trabalham têm de descontar muito para subsídios e mais subsídios para os que se julgam com direito a tudo sem se perguntarem quais são os seus deveres.

free browny disse...

Obrigado pela ajuda!!
bj
filipa

Anônimo disse...

O novo sistema não presta, o velho era pior e especialmente pelo novo não ter vindo primeiro.
Confusos? Passo a explicar, o sistema de subsídios não pode ser implementado a menos que o mercado seja regulado, num mercado liberalizado mais não faz do que gerar inflação. Muitos de vós, enquanto procuravam casa, devem ter ouvido vezes sem conta a lenga-lenga do tipo:
- 500 euros é demasiado caro!
- Mas você mete-se no arrendamento jovem e só paga 200.
Então, para que serve o subsídio? Para apoiar os jovens ou para atestar os bolsos dos senhorios?
Isto tem-se verificado não só no arredamento mas igualmente na compra. Nos últimos 20 anos, após a criação do crédito bonificado, tivemos uma inflação máxima de cerca de 6%, mas com o preço das casas a inflacionar aos 20 e 25%. Igualmente aqui a "bonificação" caiu mais nos bolsos dos construtores do que no seu alvo prioritário.

Por esta simples constatação do subsídio inflacionista, temos primeiro que dizer não ao subsídio em mercados liberalizados.

Portanto, se o Estado deseja ajudar os jovens deve antes do mais estipular máximos de renda conforme a zona, tipologia e qualidade da habitação, de outra forma vamos todos passar dos 30 anos e ser "lixados" graças a esses apoios mal estudados.

Anônimo disse...

Só para aclarar a minha posição, creio que deveriam gastar essa energia toda sim na exigência regulação do mercado imobiliário, por forma a que as candidaturas da Porta 65 Jovem possam ser reais, ou nunca será cumprido o Artº 65 da Constituição.
Vocês não podem basear a vossa luta pelo Artº 70 esquecendo por completo o Artº 65º da mesma, além de que devem pensar que não serão jovens toda a vida e que, no máximo, poderão usufruir do tal apoio por 10 anos, sentindo em seguida o resultado da inflação por este gerada o resto da vossa vida. O balanço de tal é danoso para todos, jovens, adultos e contribuintes em geral, excepto para os senhorios.

Anônimo disse...

SirArthur said...
"Então, para que serve o subsídio? Para apoiar os jovens ou para atestar os bolsos dos senhorios?"

Decidam-se lá de uma vez ó camaradas...

Ou os senhorios "se atestam" ou os tectos máximos das rendas a apoiar estão correctas porque foram encontradas pela média dos valores recebidos e incluido nestas as rendas "congeladas" que estão a ser sustentadas exactamente pelos mesmos bolsos "atestados".

Anônimo disse...

Caro anónimo, por uns pagarem 10 euros não implica que os outros tenham que pagar 500 ou 600, e certamente que esses que pagam aquelas rendas congeladas desde o tempo da outra senhora são tudo menos jovens.
Da forma que fala parece que alguns senhorios entendem por bem adoptar uma estratégia dúbia de fazer os jovens pagar pelos outros com os quais nada têm a ver.

Anônimo disse...

Caro SirArthur,

Não vejo absolutamente nada de dúbio. Se um edifício tem 6 fracções e 3 estão com rendas congeladas em vez de dividir os custos de manutenção, conservação e reconstrução ou melhoramentos por 6 tem que os dividir por 3. É apenas aritmética da mais simples que existe.

Se os jovens têm culpa ou não é uma questão que me transcende. Posso, na mesma linha de pensamento, também perguntar se são os privados que têm a obrigação de se substituir ao estado na subsidiação das rendas "antigas" existentes pagando a diferença para os custos reais directamente do bolso deles e sem serem ressarcidos, ou sequer reconhecidos, por isso.

A questão aqui, para mim, é bem mais simples. Apoiam a continuação do regime que existe e nos termos em que existe ou devemos/podemos avançar para uma liberalização total do arrendamento? Em que os contratos de arrendamento valham pelo que lá fica escrito e são aceites, ou não, mediante os interesses das duas partes intervenientes e não por um conjunto de normas rígidas e exteriores que desequilibra a balança total e completamente para um dos lados.

Sugiro que, antes de disparar os chavões habituais e velhos de 90 anos quando a realidade habitacional era muito diferente, pense antes um pouco no que acontece aos preços dos bens num mercado liberalizado em que há (ou poderia haver) muito mais oferta do que procura não esquecendo também que já existem hoje em Portugal mais habitações construidas do que gente para nelas habitar.

Continuação de boas festas. :)

Anônimo disse...

Antes do mais peço desculpa por lhe interromper a assinatura de tantos postais a dizer "Feliz Natal, Próspero Ano Novo e que seja o último" aos seus arrendatários.

A resposta à sua última questão é simples, traria:

-Regresso dos bairros de lata
-Aumento dos sem-abrigo
-Revolta social
-Criminalidade sem par

e em pouco tempo poderíamos ter mais uma "República Socialista" onde tudo é nacionalizado pela força e pessoas que pensam como você são executadas sumariamente e sem julgamento. Foi o que sucedeu em França na Tomada da Bastilha, grande parte da responsabilidade da revolução foi um mercado liberalizado que só criou inflação e miséria, o mesmo que sucedeu na Rússia. É isso que quer?
Curiosamente o liberalismo e o comunismo não funcionam porque a ganância das pessoas não tem limites, num os que têm vão tentar por todas as vias espoliar os que querem e, tratando-se de uma necessidade primária, o mercado fica entregue à "livre usura", e noutra cada um procura aproveitar-se do Estado o mais que conseguir.

O resto é de uma consideração de tal distorção que apenas lhe desejo que o S. Pedro o deixe levar o dinheiro, títulos, propriedades e afins consigo.

Aproveite a época para se convencer que ninguém jamais consegue ser feliz à custa da infelicidade dos outros e um Feliz Natal.

Anônimo disse...

"A resposta à sua última questão é simples, traria:
-Regresso dos bairros de lata
-Aumento dos sem-abrigo
-Revolta social
-Criminalidade sem par"

Tudo isto está aí à porta e mais depressa do que se pensa porque os Bancos são bem piores senhorios do que os particulares.

Tudo o resto, por não ter qualquer réstia de argumentação e se limitar a uma quantidade de assumpções não fundamentadas e tentativas mais ou menos veladas de insultos a quem não conhece, obviamente que não tem resposta.
Sugiro-lhe assim que cresça, amadureça e tente começar a pensar pela sua cabeça. Talvez consiga melhor do que papaguear cegamente os velhos chavões das tertúlias esquerda-chique que pregam sempre para os outros o que a eles se nunca se aplica.

Anônimo disse...

Nunca disse ou sequer penso que a minha ideologia não se aplica a mim, nem sei aliás de onde tirou semelhante ilação. Nem tão pouco essas ideias de "esquerda-chique", quando politicamente me defino como Direita Social.

Sim, é verdade, os bancos são ainda piores que os senhorios, basta ver os lucros que apresentam ano após ano, o que não significa que os senhorios sejam bons, pelo menos aqueles que se guiam pela sua linha de fazer uns pagar pelos outros, e dois errados não fazem um certo. Da forma actual, na base dessa "cadeia alimentar" encontra-se o povo desprotegido, comido ora por tubarões ora por piranhas.

Anônimo disse...

Curiosamente essas rendas que fala foram congeladas por Salazar para combater a especulação desenfreada, possivelmente também ele seria dessa tal "esquerda-chique", não?

Anônimo disse...

"Curiosamente essas rendas que fala foram congeladas por Salazar para combater a especulação desenfreada,(...)"

Está errado. Tente outra vez, pode ser que acerte.

Anônimo disse...

Lamento é que não saiba que as rendas foram congeladas durante o Estado Novo ainda antes de Marcelo Caetano, sendo apenas parcialmente "descongeladas" em meados de 80.
Ainda assim as rendas mantiveram-se caras, a inflação galopante do pós-25 de Abril é que as tornou irrisórias.

abelha maia disse...

Bom dia a todos!
Venho aqui hoje expor as minhas dúvidas relativamente à Porta65… um pouco tarde, eu sei…
Usufruo de Arrendamento Jovem desde Novembro de 2006 e este ano procedi à sua renovação… que me foi atribuída pelo período de 2 meses. Há pouco tempo fiquei a saber deste novo programa de Incentivo (que não incentiva coisíssima nenhuma) e já tentei várias vezes concorrer… em vão! Vivo numa pequena cidade do interior, num T1 e o máximo de renda permitida para um T1, aqui é CENTO E CINQUENTA EUROS… eu pago 230€, logo é impossível candidatar-me… quem sou eu para chegar junto do meu senhorio (forreta de primeira!) e dizer-lhe: “ah, e tal, dava-me mesmo jeito que fizesse o favor de me baixar a renda uns 80 euritos…”
Acham que é possível que as autarquias atribuam apoios para estas questões, uma vez que o estado quer-nos a viver debaixo da ponte, ou, na melhor das hipóteses, de regresso a casa dos pais?
Peço desculpa por só agora colocar aqui estas questões. Estou a entrar em desespero com toda esta situação porque vou deixar de pagar do meu bolso a módica quantia de 50 e poucos euros para começar a pagar 230… o bolso não aguenta!
Obrigado pela atenção
Ana

Anônimo disse...

Camarada SirArthur,

Essas suas certezas "revisionistas" à moda do PREC podem-lhe dar algum conforto pessoal embora não tenham nada a ver com os factos históricos. Na realidade, a expropriação encapotada a favor dos inquilinos, de que hoje se vêm tão bem os resultados, já se vem fazendo desde o principio do séc XX, bem antes da chegada do "Estado Novo". Para registo futuro de quem prefira a verdade histórica deixo alguns apontamentos.

Sob o pretexto da Grande Guerra, (1ª Guerra Mundial), embora a intenção fosse sobretudo a de ganhar apoio popular a qualquer custo para os chefes da revolução de 5 Outubro aparece o primeiro ensaio de congelamento das rendas urbanas determinando que "durante um ano os proprietários não podiam aumentar as rendas nos novos contrato que viessem a celebrar" em 12 de Novembro de 1910, de aplicação supostamente temporária mas que continuou até à chegada do,
Dec-Lei 1079 de 23 de Novembro de 1914
"Art. 1.º -- Na renovação dos contratos de arrendamento de prédios urbanos, cujas rendas mensais não ultrapassem, à data do presente decreto, 18$ em Lisboa, 15$ no Porto, 10$ nas outras cidades e 5$ em todas as restantes terras do continente da República e ilhas adjacentes, fica proibido aos senhorios o elevarem, sem consentimento dos arrendatários, as respectivas rendas, sob pena de desobediência qualificada e de serem considerados litigantes de má-fé, para os efeitos legais, nas acções de despejo que, porventura, proponham em juízo com quaisquer fundamentos que apenas disfarcem os intuitos de violar o preceito proibitivo consignado no presente artigo."
(...)
Art. 32.º -- Nenhum proprietário de prédios urbanos devoluto que hajam sido destinados a arrendar-se e cujas rendas anteriores não tenham ultrapassado os limites marcados no artigo 1.º, poderá recusar, sob pena de desobediência qualificada, novos contratos que lhe sejam propostos, pelas rendas dos últimos.
(...)

Marca-se aqui, historicamente, o começo da "nacionalização" no arrendamento urbano no séc XX em PT.
Que continuou, com maior ou menor intensidade, até aos dias de hoje pois de cada vez que se chegava à conclusão da impossibilidade e irresponsabilidade de manter a situação tal como estava algo acontecia que fazia voltar tudo ao principio...

A saber:

Lei 828 (1917)
Decreto 4499 (1918)
Decreto 4952 (1918)
Decreto 5411 (1919)
Lei 1020 (1920)
Lei 1368 (1922)
Decreto 9118 (1923)
Decreto 9496 (1924)
Lei 1662 (1924)
Decreto 15.289 (1928)
Decreto 16.731 (1929)
Lei 1981 (1940)
Lei 2030 (1948)
Decreto-Lei 217/74 (1974)
Decreto-Lei 445/74 (1974)
Decreto-Lei 198-A/75 (1975)
Decreto-Lei 519/79 (1979)
Decreto-Lei 148/81 (1981)
E por fim temos a Lei 46/85 que tenta, embora num âmbito muito limitado, começar a inverter a situação, embora sem grandes resultados práticos dado que a inflação ainda estava muito longe de ficar controlada o que só veio a acontecer a partir de 1992.

(Bib.: "O Congelamento das Rendas Urbanas" de Artur Soares Alves, Ed.CNAPI, 1995)

Fim da lição de historia e final da minha intervenção neste blog.
Bom Ano a todos.

Anônimo disse...

Caro anónimo, só confirmou o que lhe disse, foi durante o governo de Salazar que pelo édito de 1948 se congelaram as rendas até aos anos 80.
Sim, houveram ensaios, no entanto nenhum deles efectivamente regulou o mercado pois para tal requereriam actualizações anuais, algo que nunca sucedeu. Regular não é congelar.

A ideia da regulação não é tão somente estipular hoje um tecto máximo e nunca o actualizar, mas antes impedir a especulação desenfreada que gera crises muito danosas, demasiado até. Aquela mesma especulação que no período que antecedeu a Revolução Francesa fazia com que, a exemplo, o preço do pão duplicasse do dia para a noite.

No caso das rendas foi tão injusto as rendas subirem aos 3 e 4% durante 10 anos com a inflação acima dos 20% como nos 10 anos seguintes subirem aos 30% com a inflação a 6 e 4%.

soltinha disse...

Caros amigos a minha luta é igual a voça mas um pouco mais façil por um lado e difiçil por outro... moro num T3 e a minha candidatura nao e a ceite pk a tipologia da minha casa nao e adecuada ou seja tenho o valor de renda primitido na minha area mas tenho uma casa que nao é premitida ou seja acabam sempre por cortar as pernas a 1 pessoa que nao tem dinheiro nem para mandar cantar um ceguinho..... deixa ver se muda estas leis de merda e que possemos vir a receber nem que seja uns miseros euros..
Uma pergunta se nao me candidatar nesta fase pois nao vou mudar de casa em 2 dois já nao me posso candidatar?
obrigado e força que havemos de vençer

Anônimo disse...

esta é para o "anônimo" que disse que convenientemente acusa os jovens de andarem aí topos de gama e com roupa de marca... sinceramente! ganho 500 euros e pago 340 de renda, quando compro roupa compro o essencial e nos saldos! (calças a 10 euros e afins) estudo no ensino superior à noite pois de dia trabalho. Como em cantinas e ando de transportes publicos! Janto fruta e sopa, não saio à noite, nao fumo, não tomo cafés, e as minhas ferias sao ir aos fdsemana de comboio até à praia . Eu não vivo, eu sobrevivo! Não tenho pais a sustentar-me, apenas uma mãe que não tem condições e está bastante longe. Não tenho qualquer subsídio nem bolsa que nao a ajuda do IAJ e vou sobrevivendo na esperança de quando completar o curso possa ganhar mais e melhorar a vida.
Tentei imensas vezes e não consigo candidatar-me, estou desesperado e nem consigo sequer pagar os 140€ que sao o quarto mais económico que encontro aqui no Porto (sem recibo). AGORA VOCÊ, SEU ENERGÚMENO, VOCÊ É O TÍPICO PORTUGUÊS QUE CRITICA E GENERALIZA TUDO! ACHAS QUE A SOLUÇÃO É CORTAR TD A TODOS? PORQUE NÃO FISCALIZAM? PORQUE NÃO SE DEIXAM DE PALHAÇADAS E ASSUMAM AS VOSSAS FRUSTRAÇÕES? HÁ JUSTIÇA SOCIAL NESTA PORTA 65? AQUELAS FORMULAS E RMA SÃO REALISTAS? AGUARDA-ME UMA VIDA DEBAIXO DA PONTE E VOCÊ ACHA BEM? VIVEREI COMO? DO CRIME?

JBaronet disse...

Boa tarde,

consegui fazer a candidatura, mas depois de saber as dicas apercebi-me que não vou conseguir qualquer auxílio. Isto porque o recibo da renda que coloquei indica o valor que de facto pago, e o máximo permitido na minha área é cerca de 180€ inferior ao que realmente pago.

Tenho 24 anos trabalhor - estágiário ensino, resido na Costa da Caparica... alguém me pode dizer quais os senhorios que tenham uma casa t1 na Costa por 220€????

A propósito ouvi dizer que estou excluído porque além disso o meu contracto de arrendamento tem de ser no mínimo já efectuado há 10 meses... bem quanto a isto só sei dizer... pois durante 10 meses de certeza que já me adaptei áquilo que não devia adaptar... um governo que não se importa, nunca se importou, nem se importará com aquilo que vivo e tenho para viver. No entanto amanhã serei professor, e o governo para o qual trabalharei ainda mais se estará nas tintas para as minhas necessidades... solução? existe uma, mas deixa-me de facto triste. SAIR DESTE PAÍS! um gajo vai para inglaterra, canadá etc... dão-nos tudo e ainda nos dizem "está tudo bem? tem tudo o que precisa?" no canadá depois de teres cidadania... até uma casa e pensão de 750 dólares te dão para os teus ascendentes!!!

mas voltando ao que interessa... não sei se este programa irá ajudar alguém... mas se realmente é para ajudar acabem com este... criem um que realmente diga: "quanto ganhas?" "quanto pagas de renda?" "ajudamos-te com x" pouco ou muito mas ajudamos. assim seria o menos esperado para um programa de INCENTIVO.

Abraço e boa sorte a todos

Anônimo disse...

São agora 21h37 de dia 28 de Dezembro. Estou há três (!!!) dias a tentar aceder à minha candidatura, que está gravada mas incompleta, sendo que faltava apenas a adição de um dos elementos em PDF, cujos documentos tive de reunir e tratar graficamente até ontem. Pois bem, há três dias que só me falta fazer um upload e não consigo, a horas do término do prazo. Isto é inconcebível. Estou há 6 horas em frente ao computador, fazendo tentativas consecutivas, e não consigo. De que vale um prazo nestas condições? Querem tramar-nos. Querem dificultar-nos a vida, mas parece-me que, assim, não pode ser tão difícil impugnar esta vergonha!

Anônimo disse...

Idem!

Anônimo disse...

Esta forma de cálculo é uma treta...recebo mais se ficar pelo IAJ que me resta...do que o que receberia nos próximos 2 anos e meio, se mudasse para o Porta 65...os novos subsidio, para além de complicados de aceder são uma esmola...