sábado, 1 de dezembro de 2007

Os valores da Portaria

Estes são os valores Renda Máxima Admitida directamente retirados da Portaria 1515-A/2007



A dimensão máxima do agregado por tipologia de habitação




E os escalões e respectivo incentivo



A taxa de esforço máxima (renda/rendimento mensal) é 40%. Quanto menor a taxa de esforço menor a pontuação na hierarquia de candidaturas.

6 comentários:

André Pipes disse...

Se nos cortam as bases para arrendar, se nos dizem para conter os empréstimos (chegamos a pagar quase 3x mais o valor do empréstimo, um roubo!!!), onde é que vamos viver?! Pra sempre com os pais?!?! Concordo que, muitas destas penalizações sejam o resultado do uso indevido, por parte de algumas pessoas, do IAJ, mas por uns pagam todos, inclusivé os que realmente necessitam de apoio! Toda esta politica, a meu ver abranda a economia. É uma bola de neve: se não temos uma remuneração que nos permita requerer um empréstimo para comprar casa própria, recorremos ao arrendamento que, está agora mais dificil visto que as rendas são elevadas e os apoios poucos. Solução? Ficar a viver com os pais e acomodar-se á ideia! Quem perde com tudo isto?! O Estado e todos nós por consequência! Se não comprarmos casa, o Estado não ganha com os impostos que nos irão certamente cobrar; se não arrendarmos casa, o Estado não ganha com os impostos que serão certamente cobrados ao senhorio. E que acontece com tudo isto? Aumentam os actuais e criam novos impostos como forma de compensar a falta de rendimentos para os seus cofres! É lógico! Ah, é claro que podemos arrendar uma casa por menos de 200€, mas fica a km de distância do local de trabalho o que vai fazer com que gastemos o dinheiro em transportes (onde o imposto do gásoleo, por ex., é dos mais elevados de toda a Europa e mesmo do Mundo, segundo uma informação á uns meses no JN), também é importante dizer que essa casa na super-periferia, tem fracas ou mesmo degradantes condições de habitabilidade (eu sei do que falo pois trabalho permite que eu veja com os meus olhos essa realidade) e que o seu proprietário não passa recibo, ou seja, quem perde com isso? O Estado, ou mehor, nós! Pois, é duro constatar que a nossa mentalidade não se altera e consciencializa que ao fugirmos/roubarmos a máquina do Estado, penalizamo-nos a nós mesmos de forma exponencial! (eu também me insiro neste grupo, pois vejo-me obrigado a fazê-lo para poder ter dinheiro até ao final do mês para, pelo menos alimentar-me!) Se não pagamos os impostos referentes a uma renda, por ex., acabamos por pagar mais num outro imposto qualquer que teve de ser aumentado por consequência (o combustivel, a alimentação... bens dos quais necessitamos todos os dias!!!)!
Pode não parecer, mas este comentário é de facto uma queixa contra a politica de atribuição do Porta65. Se houvesse uma maior e correcta fiscalização, a quem realmente penaliza o Estado, provávelmente eu não estaria aqui a escrever este texto como forma de demonstrar o meu desagrado para com o Porta65. Já que está na moda a ASAE andar por aí a fechar estabelecimentos por falta de condições (não me oponho a isso, acredito que é tudo em beneficio dos comerciantes e dos seus frequentadores/utilizadores) que tal fazerem fiscalizações ás casas arrendadas? Mas por favor, não se deixem subornar! À tempos ouvi falar que iria ser criada uma comissão para avaliar e pontuar as habitações. Aplaudo a ideia, mas será que realmente irá acontecer? Quando? E já agora, conseguirão esses avaliadores de resistir á tentação do suborno? Pergunto isto, pois sei do que algumas pessoas/empresas são capazes para defender os seus interesses. Na Universidade onde estudei, existia uma espécie de bolsa para habitação. A ideia é exactamente a mesma que o Governo pretende, defender os direitos de quem arrenda. Mas se soubessem o que eu vi, quando procurei casa para alugar enquanto estudava... deixa qualquer um a duvidar das formas como esses avaliadores pontuam as casas. Tudo porque alguém, para tentar defender o seu bem, resolveu encher o bolso de outro alguém em troca de algum dinheiro. Reparem, estou a referir-me a um pequeno meio académico, será que dá para ter uma ideia do que pode acontecer cá fora!?
Concluindo, senhores membros do actual Governo e oposição, revejam as actuais politicas de atribuição do Porta65.

(bem sei que nenhum deles irá alguma vês ler isto e que provávelmente terei que continuar a viver com os meus pais, mesmo aos 27 anos de idade, mas pelo menos, fica aqui escrito este desbafo)

Ao criador deste espaço na internet, um forte abraço e parabéns pela coragem. A culpa não é só do Governo!

André Pereira

Movimento Porta 65 Fechada disse...

Olá André,

Obrigado pelo teu comentário. Podes dirigir a tua crítica directamente ao governo no link que indico no blog. Pelo menos alguém da administração a há-de ler mesmo que não sejam os ministros.

Cumprimentos

André Pipes disse...

Assim o fiz! Alguem o deverá ler, nem que seja as duas primeiras linha. Bom trabalho.

Marta disse...

Isto quer dizer: "Por favor, nunca digam o valor exacto da vossa renda, estamos à espera que todos MINTAM" porque quer dizer, se alguém tem o mínimo de noção do mercado de arrendamento...........

Dá-lhe Ronnie!!!!

Vasco Branco disse...

Esta portaria só vem evidenciar a distância que existe entre aqueles que estão na sanita do poder e quem vive no mundo real... é de facto muito triste. Tão triste como ouvir o Mariano Gago dizer que Portugal é motivo de inveja no estrangeiro por ter os laboratórios repletos de jovens... jovens precários, a receber abaixo do que seria justo e que ainda por cima agora perdem, na sua maioria, o acesso a um subsídio fundamental para quem quer iniciar uma vida sozinho (ou acompanhado) sem cravar os pais. É para aí que isto nos empurra...

Diana Morais disse...

Realmente os RMA’s são uma irrealidade neste país. No Algarve, onde resido, com um RMA de 220€ até T1, é para rir. Gostava que me ajudassem a encontrar um apartamento por esse valor mensal!! Pago mais que 220€ SEM CONTRATO, para variar, porque contrato é outra irrealidade. Digo-vos que menos de 300€ com condições mínimas é RARO, pelo menos na zona de Portimão. Ora como a minha família está toda em Almada, não posso ir para casa dos pais. Desta forma, só me resta contar os tostões até ao final de cada mês, pois ter apoio financeiro (Porta 65) até aos 30 anos acho que também é e será uma irrealidade.

Muita força para vocês e boa sorte,
Diana Morais